Uma das coisas mais notáveis em toda e qualquer paisagem é a presença do relevo como fator determinante e conceitual daquelo que podemos "abarcar com a visão". Somos impelidos a identificarmos a superfíce da Terra pelos seus "altos e baixos", embora nem sempre somos condicionados a identificar como o fator geomorfológico local ou regional pode ajudar na (des)configuração das paisagens culturais, ou seja, daquelas construídas pelo homem.
A identificação das formas de relevo é inerente às atividades humanas, provavelmente desde que este se constitui como espécie. A caracterização dos espaços "mais altos" e "mais baixo" partiu de pontos referenciais a cada observador e que, aos poucos (em alguns casos) ou rapidamente (em outros, foram sendo socializados enquanto informação indispensável à ocupação de espaços pelas diversas culturas/sociedades ao longo do tempo histórico, humano.
Montanhas, planaltos, planícies e depressões são apenas adjetivos clássicos para as paisagens imprimidas pelas marcantes ou suaves formas de relevo. Obviamente, existem várias (inúmeras) formas de concepção e conceituação dos fatos geomorfológicos, atribuídas por processos e materiais constituintes. Entretanto, as denominações servem para ajudar na diferenciação de formas e impressionam por demonstrar não apenas uma capacidade que nos é inerente, que é a de denominar coisas, fatos, fenômenos, mas a capacidade que os agentes naturais (em especial) conseguiram transformar continuamente durante milhares ou milhões de anos, gerando formas diversas, às vezes em espaços bem próximos entre si. Voltaremos a este assunto mais tarde...
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