O trabalho de campo é um dos procedimentos metodológicos indispensáveis ao trabalho do profissional em Geografia. Seu desenvolvimento deve estar sempre condicionado a qualquer disciplina do campo formativo do docente e/ou pesquisador desde seu ingresso em curso de graduação. As exigências metodológicas de cada trabalho extra-sala de aula devem ser adequadas aos seguintes elementos:
a) espaço a ser pesquisado, objetivando entender a compartimentação e caracterização das feições paisagísticas físicas, ecológicas e humanas materializadas em uma certa área;
b) tempo da pesquisa, que representa o intervalo (horas, dias, semanas, meses ou anos) em que a pesquisa é desenvolvida.
Vale ressaltar que as condicionantes espaciais e temporais é que irão determinar quais serão os equipamentos e procedimentos adequados a serem aplicados caso a caso. Por exemplo, não se pode estudar em Climatologia as dinâmicas de precipitação anual de um município em apenas uma prática de campo de três ou quatro horas. Da mesma forma, não se pode “importar” deliberadamente informações sobre um determinado tipo de solo que ocorre em áreas temperadas (espaço diferenciado do Brasil) e aplicá-las no contexto regional de parte dos Domínios das Terras Baixas Florestadas Amazônicos (Domínio Amazônico).
Assim, numa aula de campo, que é uma das modalidades de “trabalhos de campo” que irá durar apenas algumas horas, é necessário que tanto o(s) docente(s) envolvido(s), quanto os alunos participantes, devem ter em mente informações indispensáveis à compreensão do espaço total regional. Em que pesem as disciplinas da Geografia da Natureza (ou Física, como preferem boa parte dos estudiosos dessa Ciência), é fundamental que os componentes geológicos, geomorfológicos, pedológicos e climáticos se superponham à análise das coberturas vegetais e processos de uso e ocupação das áreas disponíveis pelo homem.
Luiz Jorge Dias
Geógrafo - MSc. Sustentabilidade de Ecossistemas
Prof. Geografia Fìsica - UEMA\CESI\DHG
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
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