quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

AS MAIORES INVENÇÕES DA HUMANIDADE

Cientistas, intelectuais, escritores, jornalistas foram chamados para opinar sobre quais foram as maiores inveções da história da humanidade. O resultado foi publicado pela revista Superinteressante. Veja:

IMPRENSA – “Acelerou de forma sensacional a separação entre a cultura humana e a natureza. Com ela, pudemos acelerar o acúmulo sistemático de conhecimento para controlar a natureza.” ( Brian C. Goodwin, biólogo e cientista.).

TECNOLOGIA DAS COMUNICAÇÕES – “Há 150 anos atrás, era impossível comunicar-mos em tempo real. Hoje vemos TV e usamos telefone e internet sem pensar. Por isso é fácil subestimar o significado das telecomunicações.” (Tom Standage, jornalista de ciência da revista inglesa THE ECONOMIST).

SISTEMA DE CONTAGEM INDO-ARÁBICO – “O sistema de contagem, com conteúdo da informação da posição (de modo que 111 significa 100 mais 10 mais 1), é hoje universal e está na base de toda ciência quantitativa, econômica e matemática.” (John D. Barrow, professor de ciências matemáticas da Universidade de Cambridge, Inglaterra).

ENCANAMENTO E ESGOTOS – “Tenho dificuldade para me lembrar de outra invenção que tenha detido tanta doença e morte. Sem o serviço de águas, as condições de amontoamento seriam insuportáveis. Basta ir a uma cidade pobre, sem água limpa, para ver isso.” (Carl Zimmer, escritor e colaborador de revistas como Natural History e National Geographic).

INTERNET – “É de longe a mais importante invenção. Com os cursos on line, as universidades ficarão obsoletas. Centros comerciais ainda não se foram, mas irão. Jornais? Morrerão. Não sei se seremos mais felizes, mas seremos bem mais informados.” (Roger C. Schank, diretor do Instituto de Ensino das Ciências da Northwestern University).

CARAVELA – “É o equivalente medieval da cápsula espacial Apollo. Com suas velas triangulares, podia velejar num ângulo oposto ao vento, em vez de ser soprada para a frente. Abriu caminho para a Era dos Descobrimentos e para o comércio internacional.” (Alun Anderson, editor da revista inglesa New Scientist)

TELESCÓPIO – “A invenção do telescópio e seu posterior aperfeiçoamento por Galileu revelaram de forma conclusiva que há muito mais coisas no Universo do que o que está à disposição de nossos sentidos.” (Brian Greene, professor de física e matemática na Universidade Colúmbia).

RELÓGIO – “O relógio foi a corporificação da objetividade que abriu o caminho para o rigor da ciência objetiva. Transformou o tempo de uma experiência pessoal numa realidade independente de percepção.” (W. Daniel Hillis, físico e cientista computacional).

ARADO – “Os humanos já praticavam alguma agricultura há 30 mil anos, mas só ao resolverem o solo produziram grandes colheitas. O arado possibilitou-nos quebrar a lei ecológica de que grandes animais são raros. Já somos 6 bilhões.” (Colin Tudge, pesquisador do Centro de Filosofia da London School of Economics).

CESTA – “Sem alguma coisa onde pôr o que se coleta, não se pode ter uma sociedade coletora com qualquer grau de complexidade, nem casa e lareira, nem divisão de trabalho, nem humanidade.” ( Jeremy Cherfas, biólogo e locutor da rádio BBC).

ESTRIBO – “Assim que seu uso se generalizou, os soldados montados podiam brandir a lança e os arqueiros atirar da sela. Exércitos de cavaleiros armados passaram a cruzar o globo, travando batalhas que iriam alterar o destino das nações.” (Peter Tallack, jornalista científico).

ASPIRINA – “Inventada em 1853 na França, que pilulazinha útil para reduzir as dores de cabeça, do corpo e febres! Entre os masai, as dores de cabeça são tratadas com um bolo de fezes de cabra na cabeça. Prefiro a aspirina.” (Marc D. Hauser, neurocientista cognitivo, professor de psicologia em Harvard, Estados Unidos).

BORRACHA DE APAGAR – “A maior invenção é a borracha, assim como outros instrumentos que nos permitem voltar e corrigir nossos erros. Sem essa capacidade, não teríamos modelos nem meios de desenvolver governo, cultura ou ética.” (Douglas Rushkoff, professor de cultura virtual na Universidade de Nova York).

MÚSICA CLÁSSICA – “As composições musicais representam um incrível feito cerebral. A maioria das invenções pode ser usada para o bem ou para o mal. A música proporcionou mais prazer a mais indivíduos que qualquer outro artefato humano.” (Howard Gardner, professor de educação da Universidade de Harvard, Estados Unidos).

DESTILAÇÃO – “Surpreende-me que ninguém tenha citado a invenção alquímica de transformação. Além de a alquimia ser a base da ciência e da indústria, a transformação de seres humanos causada pela ingestão de destilados me interessa muito.” (Ron Cooper, pintor americano).

ÓCULOS – “A mais importante invenção foram os óculos. Eles dobraram efetivamente a vida ativa de todos os que lêem ou fazem trabalhos de precisão. E impediram o mundo de ser governado por pessoas com menos de 40 anos.” (Nicholas Humphrey, psicólogo teórico da London School of Economics).

FENO – “No mundo clássico não havia feno. A civilização só existia em climas quentes, onde cavalos podiam pastar no inverno. Até que o feno foi ceifado e armazenado e a civilização atravessou os Alpes, originando Viena, Paris e Londres.” (Freeman Dyson, professor de física no Instituto de Estudo Avançado de Princeton).

CADEIRAS E ESCADAS – “São um salto imaginativo, compreendendo o valor para a anatomia humana de uma plataforma idealizada no espaço. Uma consequência das escadas é a maior densidade de ocupação.” (Karl Sabbagh, escritor e produtor de documentários científicos para a BBC).

JOGO DE TABULEIRO – “Ofereceu um guia metafórico para a política e para a guerra tanto no Oriente (go) quanto no Ocidente (xadrez). Nos últimos séculos, inspirou modelos matemáticos e simulações de tudo, da genética à interação social.” (John Henry Holland, professor de ciência computacional e psicologia na Universidade de Michigan).

ESPELHO – “A mais influente invenção foi o espelho. Mostrou a cada um como ele parece a outras pessoas no planeta. Sua instalação na vida diária, no Renascimento, coincidiu com o advento de fenômenos como modos à mesa e estilos de roupa.” (Tor Norretranders, escritor).
Acesso em: 12/01/2011

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